O Ponto Fora da Curva

"Somente duas coisas são infinitas: o Universo e a estupidez humana. E não estou seguro quanto à primeira." (Albert Einstein)                 Sou um amante do esporte de um modo geral. E, claro, gosto muito de futebol. Sou daqueles que gosto de assistir ao bom futebol. Copas do Mundo, Copas Américas, Mundial de Clubes, Libertadores da América, Sulamericana...são alguns dos campeonatos que gosto de assistir. E quando, num destes campeonatos tem um clássico nacional qualquer, então... Bom daí, eu paro o que estou fazendo, ou faço tudo antes, para poder assistir o jogo bem tranquilamente. É bem verdade que, como alguém disse certa vez, "o futebol é a coisa mais importante entre as coisas menos importantes." Lembro, até hoje, daqueles dois GreNal que decidiam vaga pra fase de grupos na Sulamericana de 2008. Quando o assunto é GreNal, eu sofro muito antes e durante. Aposto que não tenha torcedor da dupla GreNal que não sonhe com um clássic...

Da mesma forma que assisti a final contra o São Paulo, em 2006, também estive presente na final de 2010, contra o Chivas. Fomos eu, meu pai e meu irmão. Desta vez, a noite está enluarada, sem nenhuma ameaça de chuva ou algo do gênero. Ficamos na superior, no lugar de sempre, ao lado do agora extinto "Boné", em direção ao Gigantinho. Lá encontramos os amigos de sempre, de todos os jogos, pelo menos os mais importantes. O jogo começa nervoso, lembrando que qualquer empate nos servia, uma vez que haviamos vencido o primeiro jogo das finais, como havia sido em 2006, poucos momentos de perigo de um lado ou de outro. Quando, no final do primeiro tempo, num vacilo da nossa defesa, gol deles. Chivas 1x0! Fomos para o intervalo preocupados. E agora? Jogar-se pra cima e oferecer o contrataque? Ou arriscar um erro deles para buscar o empate. O segundo tempo inicia mais nervoso, pela desvantagem no placar. Depois de muito pressionar, Kleber cruza da esquerda, Sóbis se adianta ao goleir...

Naquele 16 de agosto de 2006, acordei nervoso, tenso...pensava o tempo todo "É hoje! Tem que ser hoje!". Toda aquela aventura, hoje épica, começara em março, contra o Maracaibo, em um empate, nosso gol foi do lateral direito Ceará. Aspecto que se tornaria sinônimo de sorte, anos mais tarde...mas isso eu explico mais tarde. Lembro que aquele 16 de agosto, úmido, chuvoso, começara mesmo uma semana antes. Na quarta anterior, 9 de agosto, eu não pude assistir ao primeiro jogo da final daquela Libertadores, pois estava trabalhando. Lecionei para as turmas, como se nada tivesse acontecendo, mas com o o coração...lá no Morumbi, pensamento a milhares de quilômetros dali, querendo que tudo estivesse correndo bem. Naquela campanha, fui a alguns jogos, e um dos mais marcantes, foi Inter 3x2 Pumas. Naquela partida, saímos perdendo por 2a0. O time mostrou uma capacidade de reação e indignação impressionantes. O estádio rugia, a cidade tremia.Milhares de corações pulsavam numa mesma inten...