Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Porto Alegre

O abandono como prática?

Uma das minha grandes preocupações, inicialmente como cidadão, agora como Historiador/Professor é uma preocupação prosaica: a preservação dos monumentos da cidade. Ora, os monumentos de uma cidade são, em grande monta, a representação física de momentos da História desta cidade. Se os monumentos estão preservados, podemos concluir que a cidade  cuida sua História. Do contrário... E aqui não vai nenhuma discussão acerca da reverência aos grandes vultos, digno das ditas histórias oficiais. O que pretendo expor aqui é que se a cidade possui monumentos, nada mais natural que preserve, através da manutenção constante, seus patrimônios.Nada mais natural? Não..nem um pouco. Já escrevi, faz muito tempo,  um texto sobre o mesmo assunto: http://textosparaomundo.blogspot.com.br/2010/03/monumento-publico-em-porto-alegre-e.html Esses dias, dois amigos historiadores como eu, Daniel Ludwig e Carlos Riella, comentavam do abandono dos monumentos de Porto Alegre, em uma destas redes socia...

Os Bairros de uma cidade.

Sou de um tempo antigo. Sou de um tempo em que a formação das cidades e seus bairros eram criações coletivas de comunidades, de memórias comuns. O saber de uma comunidade definia, muitas vezes, o nome do bairro, por razões culturais, de hábito; bem como, os limites daquele bairro. Estes limites físicos que, invariavelmente, não coincidiam com os limites oficiais. A população adonava-se, e aqui o verbo deve ser estes mesmo "tornar-se dono", da cidade criando, assim, uma identidade e, a partir desta identidade, seu bairro. "Para um indivíduo, sua identidade é a percepção do que ele é um relação ao mundo cultural e ao mundo natural e o sentimento de pertencimento ligado a essa percepção.É uma afirmação de seu lugar, de sua posição no mundo.É ainda a consciência que uma pessoa tem de si mesma." (COSTA, 2002). A relação com um bairro é, antes de tudo, a percepção de pertencimento ao lugar, é reconhecer-se como parte daquele todo geográfico.             ...

Até onde isso vai?

Assustador! Para dizer o mínimo. A Cultura em Porto Alegre voltou a ser algo de e para poucos. Lamentável. O festival "Porto Alegre em cena", criado para que a MAIOR parte da população tivesse acesso ao teatro, com ingressos a preços populares, acabou. Sim, acabou!Porque com o ingresso custando 20 reais, quem ganha um salário mínimo ou menos, vai saber do "Em cena" apenas pelas páginas das folhas da cidade. O que mais surpreende é que as autoridades municipais sequer se explicam e pior ninguém vem a público solicitar explicações por essa mudança de perfil do Festival. Já vivi numa Porto Alegre em que Cultura era feita/assistida pela maior parte da população. Hoje a coisa já não é mais assim... Sem contar que são sempre os mesmos grupos ganhando verbas públicas,para se repetirem na mesmice... heheheeh...assim...até meu cachorro é anarco. Enquanto isso, na Jamaica... Abraços e até de repente...

A Porto Alegre que temos!!! - Parte II

No dia 21 de abril publiquei um texto chamado "A Porto Alegre que temos!!!". Depois de reler aquele texto, resolvi continua-lo, escrevendo a respeito do projeto que tenho para que Porto Alegre recupere alguns dos terminais de passageiros de suas vias urbanas. A proposta consiste em redimensionar aqueles terminais, dividi-los em áreas de igual tamanho e selecionar, atráves de algum processo público, grafiteiros que irão colocar amostras de sua arte nas parte interna dos terminais de ônibus. É claro que este projeto tem uma execução demorada mas, também é verdade, que servirá para: divulgar o grafite como cultura popular, embelezar a cidade, distribuir renda -através da contratação dos grafiteiros, entre outros detalhes que agora me escapam. Eu gostaria muito que o poder público municipal de Porto Alegre abraçasse esta idéia. Esta é uma idéia que eu, como morador e usuário do transporte público da cidade tive e gostaria de ve-la materializada.

A Porto Alegre que temos!!!

Sou morador de Porto Alegre desde sempre e nunca havia presenciado tamanho descaso com o transporte coletivo como nos dias atuais. Utilizo o transporte coletivo e sempre admirei e considerei este sistema como exemplo do que dava certo em Porto Alegre. Atualmente, percebe-se um abandono, cada vez mais crescente dos usuários, por parte daqueles que administram esta cidade. Convido todos e todas a frequentarem os terminais de passageiros nos seguintes logradouros: Avenida Farrapos e Avenida Assis Brasil. A situação de abandono dos terminais de passageiros nestas vias é algo que beira ao constrangedor. Acredito que esta situação pode ser solucionada se houver interesse e, mais do que tudo, vontade política daqueles administram a cidade - uma vez que foram reeleitos! Faz quase um ano, redigi um modelo de projeto que, se executado e levado a termo, termina com essa chaga em nossa cidade. O projeto que redigi tem por premissas básicas: Preservação do Patrimônio, Cultura Popular e Distribuição...