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Mostrando postagens de março, 2016

A Falsa Pluralidade

Um dos princípios básicos da liberdade de imprensa diz respeito a concessão de espaço às diversas formas de pensamento. Apregoa-se, aos quatro ventos, a defesa intransigente das liberdades democráticas, das liberdades de expressão, da condição de todos e todas terem a possibilidade de expor suas ideias. Instiga-se que, com advento irreversível das redes sociais, todos tem acesso às variadas fontes de leitura. Porém, se as redes sociais são caracterizadas por esta variedade, os jornais impressos de grande tiragem, caminham em direção contrária. É o surgimento do Pensamento monolítico. Uma excrescência. Em alguns países, os jornais têm por hábito defender seus pontos de vista, posições políticas de forma direta. Aqui no Brasil, ainda sob o manto de uma pretensa neutralidade e isenção, os ditos “jornalões” evitam expor suas opiniões ou a opinião do dono. Em nome, da já referida isenção, estes jornais ofereceriam espaço às opiniões divergentes entre si. Teríamos, neste caso, a f

Lei de Gerson, Jeitinho Brasileiro...

Agora parece que virou moda ser "anti-corrupção", como se a corrupção fosse uma característica nova na sociedade brasileira e mundial. Não, meus caros leitores (todos os 10 devem  saber disso), a corrupção, vem de muito tempo e ela não ocorre apenas na política partidária.  Temos e vemos cenas de corrupção diária...certos atos que consideramos como "justiça", usando argumentos do tipo "Ah, mas eu mereço!" Entendeu? O título deste artigo faz referência à expressões que caíram em desuso atualmente mas, que muito se usava: a expressão Lei de Gerson - desculpem-se os amigos que tem esse nome - origina-se num comercial de cigarros feito pelo jogador Gerson, nos anos 70, que encerrava com a frase que tornou-se célebre e conceito da tal "lei": "Levar vantagem em tudo, certo?" Já a expressão "jeitinho brasileiro" é aquela velha burla diária em qualquer situação como, por exemplo, o agrado ao funcionário público para ele "ace

Resposta a David Coimbra

A Educação deve ser usada para transformar as pessoas. Posso fazer uma aula numa praça, num café...não necessariamente em uma sala. Mas, antes de tudo, a Educação – entenda-se a relação “professor/aluno” – deve transformar ambos. Senão, torna-se uma via de mão única. Quando há a apresentação de ideias em uma aula, quando se faz um debate que engrandece, ambos crescem, professor e aluno. Pauto o contato com meus alunos com a intenção explicada acima. Transformar significa fazer com que a pessoa leve aquele debate para sua vida. E, isso meu caro David Coimbra, é cidadania, tu queiras ou não. Paulo Freire, em seu clássico “Pedagogia da Autonomia”, criticava o que ele chamava de “educação bancária”, aquela na qual o aluno apenas “abre a mente” e recebe o conteúdo do professor, Afinal, “aluno”, significa “sem luz”. Portanto, nós professores, estaríamos iluminando aqueles rapazes e meninas com a “luz do saber”. Não, David. Não. O conhecimento, que tu citaste em tua coluna “o shortin