Cá estou de volta...Depois de um hiato considerável. E que coisa, hoje já é uma data que todos os meios de comunicação estão discutindo com o mesmo viés, fazendo as mesmas perguntas, para as mesmas pessoas ouvirem as mesmas coisas. "Onde você estava no dia 11 de setembro de 2001", "O mundo não é mais o mesmo", "O mundo vive sob o domínio do medo e preocupado com o terrorismo islâmico"
Quantas vezes não ouvimos/lemos estas frases?
Eu mesmo perdi as contas.
Pois bem, uma coisa que a maioria das pessoas esquece é que a data 11 de Setembro já havia sido publicada na história da humanidade com o derramamento de sangue de gente inocente. Foi num dia 11 de Setembro, no ano de 1973 que aviões - com apoio militar e financeiro dos EUA - bombardearam a sede do governo chileno e, desta forma, depuseram o governo do socialista Salvador Allende e, depois instalaram uma das mais sangrentas ditaduras naquele país: a ditadura de Augusto Pinochet.
"Não podemos aceitar que um povo se torne comunista", teria dito o secretário americano Henry Kinssinger.
Assistam ao filme "Missing", sobre a ditadura chilena.
Evidente que não estou aqui apoiando o acontecido em 2001, longe disso, o que defendo é que a história seja contada, escrita e dita como aconteceu.
Este texto recebi agora de um amigo. Obrigado, Marcelo Derzonne.
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Quantas vezes não ouvimos/lemos estas frases?
Eu mesmo perdi as contas.
Pois bem, uma coisa que a maioria das pessoas esquece é que a data 11 de Setembro já havia sido publicada na história da humanidade com o derramamento de sangue de gente inocente. Foi num dia 11 de Setembro, no ano de 1973 que aviões - com apoio militar e financeiro dos EUA - bombardearam a sede do governo chileno e, desta forma, depuseram o governo do socialista Salvador Allende e, depois instalaram uma das mais sangrentas ditaduras naquele país: a ditadura de Augusto Pinochet.
"Não podemos aceitar que um povo se torne comunista", teria dito o secretário americano Henry Kinssinger.
Assistam ao filme "Missing", sobre a ditadura chilena.
Evidente que não estou aqui apoiando o acontecido em 2001, longe disso, o que defendo é que a história seja contada, escrita e dita como aconteceu.
Este texto recebi agora de um amigo. Obrigado, Marcelo Derzonne.
11 de Setembro
Aquele 11 de Setembro amanhecera com céu claro, sem nuvens em toda a cidade. No entanto, seus milhões de habitantes, já a caminho do trabalho ou ainda em suas casas, ao ligarem o rádio, pela manhã, ouviam anunciar que chovia muito na cidade. Chovia, insistia o que mais tarde revelaria-se um alerta cúmplice e desesperado.
Em meio aos avisos das rádios, e como que para colaborar ainda mais com o caos que se estabelecia, das ruas ouviam-se explosões, gritos, sirenes... Terror! Uma enorme onda de medo e pavor rapidamente tomava conta de todo um país. Nas ruas, nos lares, nas praças ou nas escolas, em lugar algum seus habitantes sentiriam-se seguros a partir daquele dia.
Em pouco tempo, milhares, de diferentes nacionalidades, eram mortos. Assassinados. Covardemente assassinados pela intolerância e brutalidade que os surpreendia no país em que nasceram ou escolheram viver.
Não eram vítimas inocentes. Eram de alguma forma culpados e por isso morreram. Culpados por buscarem um mundo mais justo. Culpados por sonhar. Culpados por lutar.
Naquele 11 de Setembro de 1973, chovia sobre Santiago do Chile.
Marcelo Bastos Dezonne
Porto Alegre, Setembro de 2003
Nota: O 'aviso de chuva' nas rádios de Santiago alertando a população para o início do Golpe Militar, que com o apoio dos Estados Unidos derrubaria o governo socialista de Salvador Alende, realmente aconteceu, e é retratado no filme 'Il Pleut Sur Santiago '. Ao longo da Ditadura Pinochista, sempre apoiada pelos Estados Unidos, mais de 30.000 pessoas foram presas, torturadas e assassinadas.
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