"Uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos."
(SARAMAGO, José)
Hoje, 03 de setembro de 2015, o mundo chocou-se (?) com algo que acontece diariamente, 24 horas por dia: o drama dos refugiados. Este drama que é esquecido por todos nós, hoje nos deu um tapa na cara através do menino sírio de 3 anos chamado Aylan Kurdi.
O drama dos refugiados que fogem de guerras, que fogem da miséria, que foge das guerras e da miséria, que abdicam de seu país, de sua origem na busca por dias melhores nos permite redimensionar a nossa posição frente aos nossos problemas que, a partir de agora, tornam-se nada.
Se é verdade que alguém disse que "uma foto vale mais que mil palavras", algumas fotos valem silêncio. Um longo e pesaroso silêncio.
Sempre que vejo a foto daquele menino tenho a impressão que ele irá erguer-se daquela praia, que irá brincar com sua família mas, em seguida, esta impressão dá lugar ao sentimento de impotência, de fraqueza pois descubro que ele não irá mais levantar-se. Nunca mais.
Foi tirado de Aylan Kurdin, 3 anos, a possibilidade de viver com sua família, de crescer, de ir à escola, de ter uma primeira namorada... Enfim, tiraram-lhe a possibilidade de ser.
Casos como o do Aylan Kurdin, ocorrem diariamente, nas vielas de Porto Alegre, de São Paulo, de Paris, de Nova York...são milhares de Aylan Kurdin, de Isabela Nardoni ,de Bernado Boldtrini e outros tantos sem nome, ou sem um registro que nos choque e nos leve aos questionamentos mais íntimos:
Em que estamos nos tornando?
Em que a sociedade está virando?
Será que a barbárie venceu?
Será impossível olhar uma praia com os mesmos olhos, será impossível olhar uma criança com os mesmos olhos.
Você que é brasileiro (a), lembre-se: sempre que ver um haitiano - ou qualquer outra pessoa, que tenha vindo prá cá tentar uma vida melhor - pense que por trás dele pode ter um Aylan Kurdin, ou vários. Pense que é provável que ele esteja fazendo esta aventura por ele e por uma família que deixou lá no seu país de origem. Por isso, antes de propor sua expulsão, respeite-o.
É difícil encontrar palavras para explicar o que aquela imagem nos transmite.
A imagem de criança na praia é para ser algo alegre, algo feliz. Não, não aquela. Não Aylan Kurdin. Naquele momento, Aylan nos apresenta com a sua vida o drama daqueles que fogem de seu país: o drama dos refugiados.
Em respeito a memória desta criança de 3 anos é sobre isso que devemos discutir, sobre o drama dos refugiados. Em um mundo ideal, não teríamos, entre muitos problemas, este. Mas, no nosso mundo real, mais do que entender, devemos acolhe-los, dar-lhes guarida.
O drama dos refugiados pelo mundo afora não pode mais ser relegado a um terceiro plano. Deve ser tratado com uma condição humanitária. Os governos devem, antes de pensar em cotações de dólar, em bolsas de valores, devem buscar uma solução para o drama dos refugiados.
Ulisses B. dos Santos
@prof_colorado
#EuSouAylanKurdin
(SARAMAGO, José)
Hoje, 03 de setembro de 2015, o mundo chocou-se (?) com algo que acontece diariamente, 24 horas por dia: o drama dos refugiados. Este drama que é esquecido por todos nós, hoje nos deu um tapa na cara através do menino sírio de 3 anos chamado Aylan Kurdi.
O drama dos refugiados que fogem de guerras, que fogem da miséria, que foge das guerras e da miséria, que abdicam de seu país, de sua origem na busca por dias melhores nos permite redimensionar a nossa posição frente aos nossos problemas que, a partir de agora, tornam-se nada.
Se é verdade que alguém disse que "uma foto vale mais que mil palavras", algumas fotos valem silêncio. Um longo e pesaroso silêncio.
Sempre que vejo a foto daquele menino tenho a impressão que ele irá erguer-se daquela praia, que irá brincar com sua família mas, em seguida, esta impressão dá lugar ao sentimento de impotência, de fraqueza pois descubro que ele não irá mais levantar-se. Nunca mais.
Foi tirado de Aylan Kurdin, 3 anos, a possibilidade de viver com sua família, de crescer, de ir à escola, de ter uma primeira namorada... Enfim, tiraram-lhe a possibilidade de ser.
Casos como o do Aylan Kurdin, ocorrem diariamente, nas vielas de Porto Alegre, de São Paulo, de Paris, de Nova York...são milhares de Aylan Kurdin, de Isabela Nardoni ,de Bernado Boldtrini e outros tantos sem nome, ou sem um registro que nos choque e nos leve aos questionamentos mais íntimos:
Em que estamos nos tornando?
Em que a sociedade está virando?
Será que a barbárie venceu?
Será impossível olhar uma praia com os mesmos olhos, será impossível olhar uma criança com os mesmos olhos.
Você que é brasileiro (a), lembre-se: sempre que ver um haitiano - ou qualquer outra pessoa, que tenha vindo prá cá tentar uma vida melhor - pense que por trás dele pode ter um Aylan Kurdin, ou vários. Pense que é provável que ele esteja fazendo esta aventura por ele e por uma família que deixou lá no seu país de origem. Por isso, antes de propor sua expulsão, respeite-o.
É difícil encontrar palavras para explicar o que aquela imagem nos transmite.
A imagem de criança na praia é para ser algo alegre, algo feliz. Não, não aquela. Não Aylan Kurdin. Naquele momento, Aylan nos apresenta com a sua vida o drama daqueles que fogem de seu país: o drama dos refugiados.
Em respeito a memória desta criança de 3 anos é sobre isso que devemos discutir, sobre o drama dos refugiados. Em um mundo ideal, não teríamos, entre muitos problemas, este. Mas, no nosso mundo real, mais do que entender, devemos acolhe-los, dar-lhes guarida.
O drama dos refugiados pelo mundo afora não pode mais ser relegado a um terceiro plano. Deve ser tratado com uma condição humanitária. Os governos devem, antes de pensar em cotações de dólar, em bolsas de valores, devem buscar uma solução para o drama dos refugiados.
Ulisses B. dos Santos
#EuSouAylanKurdin
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