A
Dialética da Chuva
Chove.
Chove muito. Chove como se o mundo chorasse por algo ou alguém que fez ou fará
falta. Chove como se não houvesse amanhã.
Se,
para mim, tanto faz que chova ou faça sol. Se, para mim, um dia de chuva tem o
lúdico das gotas batendo na janela e, com isso, aumentando a sensação de
conforto, ao mesmo tempo, pergunto: e os outros? E aqueles que não tem essa
condição? E aqueles que sofrem com o abandono, tendo o céu como teto e a
calçada como cama. Como estão agora? Onde estarão?
Se,
para mim, a chuva tem um pouco de lúdico, eu pergunto: e aqueles que sofrem com
inundações, como estarão? É por eles que escrevo estas linhas, é com eles que
está o meu pensamento agora.
Se
setores da agricultura comemoram a chuva, por outro lado; esta mesma chuva traz
sofrimento, angústia e destruição. Sofrimento, angústia e destruição para
famílias que tendo pouco ou nada veem
este pouco ou nada ser consumido pela
água que passa por tudo e todos sem ser parada por nada nem ninguém.
Não
lamente-se pela roupa e sapato molhado
ou úmido pela chuva. Muitos não tem.
Somos privilegiados.
Colabore com a Defesa
Civil.
Ulisses B. dos Santos
@prof_colorado
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