Sou de um tempo antigo. Sou de um que, espero, não volte mais. Um tempo em que se sabia da qualidade - segundo alguns baixa - da escola pública. Hoje, questiono se realmente o Segundo Grau, atual Ensino Médio, era realmente fraco. Tenho essa dúvida pela lembrança dos conteúdos daquela época, até hoje e, em detalhes.
Pois, no meu tempo antigo, os alunos - fossem de escola pública ou privada - sabiam que deveriam passar por uma instituição educacional, criada a partir de uma educação que diziam falha nas escolas: o Cursinhos Pré-Vestibulares.
Se alguns ficaram pouco tempo frequentando aquelas aulas criativas e engraçadas - quem não lembra de uma canção de cursinho até hoje? - é verdade que a classe média gastou uma verdadeira fortuna naquele período pagando as mensalidades.
Pois este tempo acabou.
Quando?
Em 1998, foi criado uma nova forma de avaliação: o ENEM.
Desenvolvido pelo Governo Federal, o Exame Nacional do Ensino Médio possibilita às pessoas algumas situações: 1) concluir o Ensino Médio, 2) conseguir uma vaga no Ensino Superior.
Se você considera a "opção 01" uma malandragem, uma fábrica de vagabundos, imagine-se reprovando sempre na mesma disciplina, por poucos pontos e por 3 ou 4 anos seguidos. Imaginou? É desesperador, né? Agora esse aluno pode fazer um exame que o faça concluir o Ensino Médio, desde que ele atinja determinada pontuação. Bacana, né? Eu acho.
Depois de um começo claudicante, a primeira edição não tem 200 mil inscritos, outras edições sofreram boicotes...
Hoje o ENEM recebem quase 8 milhões de inscritos, teve seu perfil alterado para propiciar o avanço social das pessoas.
E este ano, depois de algumas pequenas polêmicas em edições anteriores, tivemos uma edição que deixou setores conservadores destilando seu ódio. Nem a imprensa, sempre propalada como neutra, resistiu: vimos e vemos setores da grande imprensa - as grandes emissoras, os jornalões - destilando sua raiva.
Os deputados federais, de caráter conservador, seguem na rotina de vomitar ódio contra esta edição da prova.
Mas, porque tanto ódio? Tanta raiva?
Na realidade eu não sei. Ou melhor...eu sei: é falta de leitura e bom senso mesmo. Se bem que cobrar dessa turma bom senso é algo que não pretendo, pois nunca tiveram.
Nesta edição tivemos, entre outras coisas, uma citação da pensadora francesa Simone de Beauvoir - que começa com o trecho "Ninguém nasce mulher. Torna-se mulher."- em outra questão estava Nietzsche, lá por adiante o geógrafo Milton Santos e outros que não recordo.
Mas a pedra de toque foi a redação e seu tema: "A violência contra a mulher."
Sabem o que significa fazer quase 8 milhões de jovens/adultos pensarem sobre este tema? Imagine que cada um deles comente o tema com outras 5 pessoas que não tenham feito a prova...viu só? 40 milhões de pessoas trazidas para uma discussão fundamental para os dias de hoje.
Pra mim, não teria motivo algum pra polêmica, mas o que esperar dessa turma que acha, que bater panela contra uma transmissão de tv. seja algo produtivo?
Fiquem à vontade para comentar.
Pois, no meu tempo antigo, os alunos - fossem de escola pública ou privada - sabiam que deveriam passar por uma instituição educacional, criada a partir de uma educação que diziam falha nas escolas: o Cursinhos Pré-Vestibulares.
Se alguns ficaram pouco tempo frequentando aquelas aulas criativas e engraçadas - quem não lembra de uma canção de cursinho até hoje? - é verdade que a classe média gastou uma verdadeira fortuna naquele período pagando as mensalidades.
Pois este tempo acabou.
Quando?
Em 1998, foi criado uma nova forma de avaliação: o ENEM.
Desenvolvido pelo Governo Federal, o Exame Nacional do Ensino Médio possibilita às pessoas algumas situações: 1) concluir o Ensino Médio, 2) conseguir uma vaga no Ensino Superior.
Se você considera a "opção 01" uma malandragem, uma fábrica de vagabundos, imagine-se reprovando sempre na mesma disciplina, por poucos pontos e por 3 ou 4 anos seguidos. Imaginou? É desesperador, né? Agora esse aluno pode fazer um exame que o faça concluir o Ensino Médio, desde que ele atinja determinada pontuação. Bacana, né? Eu acho.
Depois de um começo claudicante, a primeira edição não tem 200 mil inscritos, outras edições sofreram boicotes...
Hoje o ENEM recebem quase 8 milhões de inscritos, teve seu perfil alterado para propiciar o avanço social das pessoas.
E este ano, depois de algumas pequenas polêmicas em edições anteriores, tivemos uma edição que deixou setores conservadores destilando seu ódio. Nem a imprensa, sempre propalada como neutra, resistiu: vimos e vemos setores da grande imprensa - as grandes emissoras, os jornalões - destilando sua raiva.
Os deputados federais, de caráter conservador, seguem na rotina de vomitar ódio contra esta edição da prova.
Mas, porque tanto ódio? Tanta raiva?
Na realidade eu não sei. Ou melhor...eu sei: é falta de leitura e bom senso mesmo. Se bem que cobrar dessa turma bom senso é algo que não pretendo, pois nunca tiveram.
Nesta edição tivemos, entre outras coisas, uma citação da pensadora francesa Simone de Beauvoir - que começa com o trecho "Ninguém nasce mulher. Torna-se mulher."- em outra questão estava Nietzsche, lá por adiante o geógrafo Milton Santos e outros que não recordo.
Mas a pedra de toque foi a redação e seu tema: "A violência contra a mulher."
Sabem o que significa fazer quase 8 milhões de jovens/adultos pensarem sobre este tema? Imagine que cada um deles comente o tema com outras 5 pessoas que não tenham feito a prova...viu só? 40 milhões de pessoas trazidas para uma discussão fundamental para os dias de hoje.
Pra mim, não teria motivo algum pra polêmica, mas o que esperar dessa turma que acha, que bater panela contra uma transmissão de tv. seja algo produtivo?
Fiquem à vontade para comentar.
��👏👏
ResponderExcluirEram palmas...
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